Foi um período de teste e consolidação da minha
Fé. Eu jovem e ainda estudante de doutorado em Genética e Biologia Molecular,
tinha terminado de assistir uma aula de um querido professor que acabaria estimulando
discussões sobre um tema clássico do conflito ciência e fé: As origens.
Até este momento da minha vida cristã eu havia
confiado em um argumento sólido, que sempre funcionava com meus amigos que não
compartilhavam da minha mesma fé:
_ “O universo começou com um Big Bang!” (eles esbravejavam)
_ “Mas quem começou tudo isso? Quem acendeu a explosão?” (eu
respondia)
_ “Como pode a vida ter sido criada?” (eles questionavam)
_ “Qual a solução real que o naturalismo propõe?” (eu ironizava)
Nesta época, dentro das minhas limitações, a ciência
parecia apoiar minhas respostas, e como não havia forma para combinar as teorias
quântica e da relatividade, não havia como eles descreverem o ponto de partida
para a criação do universo, fato que para eles solucionava o “problema”, e
comprovaria a não dependência de um Deus para criação.
Dias depois, numa dessas aulas, fui questionado
mais enfaticamente sobre essa questão com a seguinte pergunta:
_ “Se um dia a ciência tiver a comprovação de que o universo iniciou seu
próprio Big Bang, qual a necessidade de um Deus Criador?”
Eu não sabia o que falar! Não consegui argumentos
para responder.
Nesta mesma semana fui convidado por um irmão de
minha Igreja a assistir uma palestra do Dr. Adalto Lourenço, um importante
físico cristão defensor do Criacionismo científico, onde tive a oportunidade de
fazer esse mesmo questionamento, e ele me respondeu:
_ “O Deus Criador dos céus e da Terra não precisa se sustentar em pequenos
vazios da ciência para mostrar sua grandeza”.
Foi o bastante para mim!
Minha crise de Fé, introduzida naquelas aulas
de ciências me estimulou a ir muito mais além do que um “Deus de vazios”,
tratado apenas como uma opção de preencher lacunas misteriosas que a ciência
ainda consegue resolver. Nesse momento eu vivi meu “ponto de inflexão”, meu
momento de mudança, meu verdadeiro encontro!
Nos últimos anos, tenho tido o prazer de
mergulhar na doutrina da Criação em sua plenitude bíblica, e isso tem me proporcionado
uma compreensão muito mais encantadora e fiel da Criação. Dessa forma, tenho
conhecido um Deus que para a ciência é uma dádiva, e não um empecilho, um Deus
Criador, que é digno de toda honra, glória, louvor e adoração.
"O
temor do Senhor é o princípio da sabedoria,
e o
conhecimento do Santo é entendimento.
Provérbios 9:10